Hoje comemora-se o Dia do Amigo.
Muitas pessoas estão trocando mensagens umas com as outras confidenciando o
carinho que sentem e o valor de cada amizade. Esta data é muito importante,
principalmente em uma época em que as verdadeira amizades estão raras. Mas como
surgiu esta data? E o que a Bíblia nos ensina a respeita da amizade?
O Dia do Amigo é uma
data proposta para celebrar a amizade entre as pessoas.
No Brasil, Uruguai e Argentina, a data mais difundida para
esta celebração é 20 de julho, aniversário da chegada do homem a lua. Em 27
de abril de 2011, a Assembleia Geral das Nações
Unidas resolveu convidar todos os países membros a celebrarem o Dia
Internacional da Amizade em 30 de julho.
Origem
Durante o século XX, foram
criadas várias iniciativas para a celebração de um Dia da Amizade em distintas
partes do Mundo. Nos Estados Unidos e em partes
da Ásia divulgou-se o primeiro domingo de agosto como o dia de
entrega de cartões e presentes entre amigos, e celebrações similares se
formaram em distintos países da América do Sul e Europa em diferentes datas.
A iniciativa para o estabelecimento
de um Dia do Amigo reconhecido internacionalmente teve como antecedente
histórico a Cruzada Mundial da Amizade, que foi uma campanha em favor da
valorização e realce da amizade entre os seres humanos, de forma a fomentar a
cultura da paz. Foi idealizada pelo médico Ramón Artemio
Bracho em Puerto Pinasco, Paraguai em 1958. A partir
desta ideia, se fixou o 30 de julho como Dia da Amizade.
Na Argentina, a data foi
criada pelo médico argentino Enrique Ernesto Febbraro. Com a chegada do
homem à lua, em 20 de julho de 1969, ele enviou cerca de
quatro mil cartas para diversos países e idiomas com o intuito de instituir o
Dia do Amigo. Febbraro considerava a chegada do homem a lua "um feito que
demonstra que se o homem se unir com seus semelhantes, não há objetivos
impossíveis".
Resolução das Nações Unidas
Em 27 de
abril de 2011, durante o sexagésima quinta sessão da Assembleia
Geral das Nações Unidas, dentro do tratamento da "Cultura de paz", se
reconheceu "a pertinência e a importância da amizade como sentimento nobre
e valioso na vida dos seres humanos de todo o mundo" e decidiu-se designar
como Dia Internacional da Amizade o 30 de julho, em concordância com
a proposta original promovida pela Cruzada Mundial da Amizade.[1] A
iniciativa foi apresentada conjuntamente por 43 países (incluindo o Brasil e
quase todos os países sul-americanos), e foi aceita unanimemente pela
Assembleia Geral.
Brasil
No Brasil, apesar de não ser
instituída por lei, o dia do amigo é também comemorado popularmente em 18
de abril. No entanto, o país também vem adotando a data de 20 de julho,
sendo inclusive instituída oficialmente em alguns estados e municípios.
A AMIZADE NA BÍBLIA
Amizades são uma parte importante
da nossa vida. Desde a criação do primeiro casal, Deus mostrou a necessidade do
companheirismo na vida humana. Em famílias, igrejas e comunidades criamos laços
de amizade. Precisamos compartilhar a vida com outras pessoas.
Na Bíblia, Deus nos orienta sobre
amizades. Ele fala do valor dos bons amigos e adverte-nos sobre os perigos dos
companheiros errados. Ele oferece instrução e apresenta exemplos que nos
ensinam. Estas orientações valem para os jovens que ainda estão escolhendo o
seu rumo, e também ajudam os adultos no seu caminho pela vida.
Instruções sobre amizades
As Escrituras nos orientam sobre
a escolha e o tratamento dos nossos amigos. Amigos têm muita influência em
nossas vidas: "O justo serve de guia para o seu companheiro,
mas o caminho dos perversos os faz errar" (Provérbios 12:26).
Por este motivo, a escolha de companheiros é um assunto de grande
importância: "Quem anda com os sábios será sábio, mas o
companheiro dos insensatos se tornará mau" (Provérbios
13:20). No final de contas, nossas escolhas não envolvem apenas pessoas, mas
decidem a nossa direção na vida e na eternidade. Tiago frisou bem este fato
quando perguntou: "Infiéis, não compreendeis que a amizade do
mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo
constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4). O mesmo livro fala
de um homem de grande fé que rejeitou os caminhos errados de outros homens e
mostrou a sua lealdade ao Senhor. O resultado desta escolha de Abraão? "Foi
chamado amigo de Deus" (Tiago 2:23). Devemos escolher bons
amigos que nos ajudarão, especialmente em termos espirituais.
É fácil escolher mal. Muitas
pessoas que não amam a Deus e não respeitam a palavra dele nos oferecem a sua
amizade. Às vezes, podemos influenciar tais pessoas pela nossa fé e o exemplo
de uma vida reta. O próprio Jesus fez questão de ter contato com pecadores,
oferecendo-lhes a palavra eterna da salvação (Lucas 15:1; Mateus 9:10-13). O
perigo vem quando não confessamos a nossa fé no meio de uma geração perversa
(Marcos 8:38). Ao invés de conduzir outros a Cristo, deixamos as más
influências nos corromperem.
Algumas pessoas querem nos
induzir a pecar contra Deus. "Filho meu, se os pecadores querem
seduzir-te, não o consintas. Se disserem: Vem conosco, embosquemo-nos para
derramar sangue, espreitemos, ainda que sem motivo, os inocentes; traguemo-los
vivos, como o abismo, e inteiros, como os que descem à cova; acharemos toda
sorte de bens preciosos, encheremos de despojos a nossa casa; lança a tua sorte
entre nós; teremos uma só bolsa. Filho meu, não te ponhas a caminho com eles;
guarda das suas veredas os pés; porque os seus pés correm para o mal e se
apressam a derramar sangue" (Provérbios 1:10-16).
Infelizmente, observamos a mesma tragédia espiritual na vida de muitas pessoas
hoje. Quantos jovens são induzidos a usar drogas, ou até de se tornar
traficantes, pela influência de "amigos"? Quantos se integram a
gangues e acabam cometendo vários tipos de crime?
Algumas amizades precisam ser
totalmente evitadas:"Bem-aventurado o homem que não anda no conselho
dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores" (Salmo 1:1). Quando outros querem nos
conduzir ao erro, precisamos sair correndo: "Foge da presença
do homem insensato, porque nele não divisarás lábios de conhecimento. A
sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos
insensatos é enganadora. Os loucos zombam do pecado, mas entre os retos há boa
vontade" (Provérbios 14:7-9).
Alguns dos amigos mais perigosos
são aqueles que sempre concordam conosco, apoiando-nos mesmo nas coisas erradas. "Melhor
é ouvir a repreensão do sábio do que ouvir a canção do insensato" (Eclesiastes
7:5). O amigo verdadeiro nos corrige, e a pessoa sábia procura ter amigos com
coragem e convicção para a repreender quando for necessário. Por outro lado, o
insensato evita pessoas que corrigem e criticam, procurando aprovação acima de
sabedoria. "O escarnecedor não ama àquele que o repreende, nem
se chegará para os sábios... O coração sábio procura o conhecimento, mas a boca
dos insensatos se apascenta de estultícia" (Provérbios
15:12,14). Ninguém gosta de ser corrigido, mas todos nós precisamos de amigos
que nos amam tanto que mostram os nossos erros: "Melhor é a
repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo que
ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos" (Provérbios
27:5-6).
Paulo mostrou aos coríntios que,
mesmo entre pessoas religiosas, é necessário evitar influências
negativas: "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os
bons costumes" (1 Coríntios 15:33). No caso dos coríntios,
alguns irmãos estavam espalhando doutrinas falsas, negando a ressurreição dos
mortos. O fato de alguém participar de uma igreja ou se dizer cristão não é
garantia de uma amizade saudável e edificante. Alguns aproveitam a amizade para
induzir outros a aceitar doutrinas e religiões falsas. Moisés avisou sobre
parentes e amigos que incentivam os servos de Deus a servir outros deuses e
mandou que não concordassem, nem ouvissem, nem olhassem com piedade para
aqueles falsos professores (Deuteronômio 13:6-8). Temos que julgar a árvore
pelos frutos (Mateus 7:15-20), retendo o que é bom e nos abstendo de toda forma
de mal (1 Tessalonicenses 5:21-22).
Uma vez que escolhemos bons
amigos, devemos ser bons amigos! As Escrituras nos aconselham sobre as responsabilidades
de companheiros fiéis. Amigos contam com a presença uns dos outros: "Mais
vale o vizinho perto do que o irmão longe" (Provérbios
27:10). "O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas
fortalecem até os ossos" (Provérbios 15:30). Por outro lado,
não devemos abusar da amizade, causando aborrecimentos: "Não
sejas freqüente na casa do teu próximo, para que não se enfade de ti e te
aborreça" (Provérbios 25:17). Não devemos abandonar nem trair
os nossos amigos (Provérbios 27:10). Amigos verdadeiros não são interesseiros,
mas aqueles companheiros fiéis que ficam nos bons tempos e nos maus:"Em
todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão" (Provérbios
17:17). A amizade verdadeira traz benefícios mútuos: "Como o
ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo" (Provérbios
27:17).
As orientações bíblicas são
valiosas para nos guiar em fazer e manter boas amizades.
Exemplos de amizades boas e
más
Deus nos ensina, também, por
exemplos. Três gerações da mesma família servem como exemplos de amizades boas
e más. Considere estes casos:
Davi e Jônatas. Talvez
a mais conhecida amizade na história seja a de Davi com Jônatas, filho do rei
Saul. O ciumento rei tentou matar o jovem Davi, escolhido por Deus como seu
sucessor. Pelo mesmo motivo, Jônatas poderia ter olhado para Davi com inveja ou
ódio. Se Deus não tivesse nomeado Davi, o próprio Jônatas seria rei depois da
morte de Saul. Mas Jônatas não mostrou tais atitudes. Ele manteve uma amizade
especial com Davi durante toda a sua vida. Quando Saul tentou matar Davi, foi
Jônatas quem protegeu o seu amigo (1 Samuel 20). Davi lamentou amargamente a
morte deste amigo excepcional (2 Samuel 1:17-27). Mesmo depois da morte de
Jônatas, Davi mostrou bondade para com seu filho aleijado, Mefibosete (2 Samuel
9).
Amnon e Jonadabe. Amnon,
um dos filhos de Davi, não escolheu seus amigos como o fez o seu pai. Ao invés
de cultivar amizades boas e saudáveis, ele escolheu como companheiro seu primo
Jonadabe (2 Samuel 13:3). Quando Amnon falou com este amigo sobre os seus
desejos errados pela própria irmã, Jonadabe teve uma oportunidade excelente
para corrigir e ajudar o seu primo. Infelizmente, ele fez ao contrário. Ele
"ajudou" Amnon a descobrir uma maneira de estuprar a própria irmã!
Além de levar Amnon a humilhar e odiar a moça inocente e a magoar profundamente
o seu pai (2 Samuel 13:4-21), o conselho de Jonadabe levou, afinal, à morte do
próprio Amnon (2 Samuel 13:22-36). Jonadabe até teve coragem de tentar
confortar Davi depois da morte de Amnon! Que amigo!
Roboão e seus colegas. Roboão,
neto de Davi, se tornou rei depois da morte de Salomão. No início do seu
reinado, ele procurou conselho de várias pessoas antes de tomar uma decisão
importantíssima. Ele valorizou a amizade com seus colegas acima da sabedoria
dos homens mais velhos e experientes (1 Reis 12:7-11). A "ajuda"
destes amigos contribuiu para a divisão do reino e diminuiu muito a influência
de Roboão. Nossos amigos podem falar coisas que nos agradam, mas devemos dar
ouvidos à sabedoria de pessoas mais sábias!
Fonte: estudosdabiblia.net
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